Desacalabro

As coisas que estavam sobrepostas,
alinhavadas na memória,
foram deitadas fora.

Rodopiam agora em mil furacões.
Eu, outra vez sem calções,
em plena praia lotada.

Toda a areia da moela
para dentro de minha goela
junto com dois quilos de sal, anormal.

Haja vista o iminente descalabro,
tirem as crianças da sala!

Sou uma fruta vazia de sumo agora.
Antes, as coisas todas sobrepostas.

Poema, música e declamação: Murilo Guimarães.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.