Visões da minha infância,
crenças as quais devo rejeitar,
insuficientes que são
à minha auto-percepção
de eminente pessoa.
De raiva legitima e ardente,
torno-me cônscia
das minhas potências.
O meu pão não é comida
a quem me açoita.
As nossas memórias,
entre si adversas,
são duas chamas afoitas,
uma aquece e luze na noite densa,
a outra abate a floresta
e me converte à vossa fé à força.
Em função da nossa dessemelhança, dissestes:
“não crescerás como as nossas mulheres,
ou serás menos valiosa, ou mais fraca”.
Eu cri nas vossas palavras e me fiz pouca.
Agora, sinto incontrolável aspiração
de estabelecer uma verdade particular
e por ela ver o quanto da minha voz ecoa.
Posiciono-me com os meus irmãos,
A trocarmos versos,
desejos e lágrimas.
Abraço-os, intensa e transcendentemente.
Neste enlace, o Brasil,
descoberto, finalmente.