Fúria

Eu vou plantar a calamidade
no solo malfazejo dos governantes ilegítimos.

Cultivando a discórdia,
atolá-los no terror da minha imparável vontade.

Protegendo os mais fracos,
açoitarei também os medianos que se considerem superiores.

Ricos, agentes públicos corruptos ou corruptores,
falsos profetas e medianos sem caráter
vão todos circular violentamente no furacão emanado dos meus poderes.
Serão comidos vivos pela turba excitada.

Cairão por terra os seus sistemas políticos e as suas religiões.
Os seus exércitos sucumbirão às minhas intenções revolucionárias.

Este poema tem, pois, um prazo de validade.
Ele arderá até que os ímpios definhem
e uma justiça que puna somente os malfeitores se erija
dos escombros duma sociedade macabra,
por onde já ecoam estes meus gritos
e se encolhem de pavor
aqueles que experimentarão da minha fúria.

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