Um juiz
… Julgador compulsivo,
defeituoso magistrado,
visto que minto
e, quando o faço,
calco o condenado,
para encobrir o que sinto… Continuar lendo Um juiz
… Julgador compulsivo,
defeituoso magistrado,
visto que minto
e, quando o faço,
calco o condenado,
para encobrir o que sinto… Continuar lendo Um juiz
… Aprender a morrer é tarefa dum ser que vive.
Aniquilar fórmulas prontas de pensar e de agir,
regurgitar agonias, em meio a xícaras de café com leite… Continuar lendo Morrer
… Já não te escondes, sequer mitigas
as tuas memórias, minhas inimigas… Continuar lendo A espada
Vai, então, impor ao mundo a tua ira.
Vai lá, aponta-lhe a tua ojeriza e o fuzila. Continuar lendo O ímpeto da maldade
… Cidade nova, presença soterrada.
Ainda cantam aquelas pessoas.
Pulsam, ressuscitadas… Continuar lendo Presente
… A minha Vênus, atormentada, coitada, nem mesmo se inclina para sentir o cheiro da tua axila… Continuar lendo A Vênus saturnina
… Minha cara expressiva com raiz silvícola
enfim compreendia
a vaziez da minha existência
embuçada até eu ler
os restantes versos do brumado menestrel: … Continuar lendo Brumado menestrel [Audiopoema]
…
Cantavam, discretos. Riam, dolentes,
a se consolarem ante a difícil jornada.
O choro, o espasmo e a revolta
antecedem a luta renhida… Continuar lendo Milhões
… Esvaída, finalmente,
do meu labirinto de entranhas, verte-se, falecida,
pela louça branca e mergulha, audaz,
no seixo igualmente sinuoso dos esgotos,
o qual encontrará depois da cloaca fedida… Continuar lendo Confiável amiga
… Até que nos saudaram os espíritos atordoados,
despertados pela nossa encenação desprezível,
vivida por nós com entorpecimento e fúria,
no limbo entre dois mundos… Continuar lendo Aberrante