22. 01. 2001
A reação natural ao medo é o ataque
Feras menores avançam sobre as maiores
Ladrões às vezes matam e cavalos se empinam
O mundo ainda será dos felinos
Os caninos também findarão
Depois deles, ratos, baratas e escorpiões
Sobreviveremos até o último ventre feminino parir
O derradeiro felino será uma leoa
De nós, sobrará uma rapariga virgem
Todos temos garras e dentes
Feito os dinossauros e suas mãozinhas
Feito as bestas
Não como os corais do mar e as amebas
O último dos bichos será uma intrépida bactéria
O mundo prescindirá de mãos ou incisivos
nem machos nem fêmeas de qualquer espécie
vida eterna aos grãos de areia
A reação natural ao medo é o ataque
Todos temos garras e dentes.
*Escrito em 2001.
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